Poetizar

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Às vezes faço versos, às vezes me faço versos!

sábado, 25 de setembro de 2010

O aniversário de dona Marina




Dia 12/09 participei juntamente com minhas filhas e amigos da comemoração do aniversário de dona Marina, uma senhora simpática filha de Roraima e que há uns 15 anos atrás tive o privilégio de conhecer, desde então compartilho com ela uma amizade que a cada dia vem se consolidando. Completou 81 anos com uma mente lúcida, entre os assuntos que conversamos naquela noite um deles foi a política, esse é sem dúvida um dos preferidos dela, me indagou se eu arriscaria dizer qual dos dois candidatos que estão aí numa disputa acirrada será o vencedor, respondi que só dia 03 saberemos quem será o vencedor. Sei que não foi o que ela gostaria de ter ouvido, mas achei melhor não polemizar, outro assunto que ela adora e eu vivo fugindo é querer saber se estou namorando. Estou num momento só meu, sei que ela só quer me ver de bem com a vida, sempre pede pra eu não deixar a vida passar sem ficar um pouco comigo, consigo entendê-la, acredito até que eu não esteja fazendo isso, mas, acho que quando o momento chegar saberei vivê-lo de maneira intensa.
Dona Marina é uma mulher que admiro, respeito e que aprendi amar como uma mãe, ajudou o marido a criar os 8 filhos e depois que ficou viúva cuidou de todos com muita dedicação, muito amor e muita luta, ela é dessas mulheres que não se entregam facilmente, que não tem medo de enfrentar as dificuldades que a vida lhe impõem, um outro assunto que ela gosta e posso aqui dizer, participa todo ano, é o carnaval. Vai todas as noites de desfile das escolas de sambas, e, não se engane, ela faz comentários e comparações com os anos anteriores, aponta o que melhorou e o que ainda precisa ser melhorado.
A idade não lhe tirou a vitalidade, continua jovem de espírito, coisa que não acontece com muitos que conheço e andam por aí azedos com a vida, estou registrando esse momento com ela aqui nesta página por quer ela faz parte da minha vida, em véspera de natal, noite de passagem de ano, dias das mães e claro no aniversário dela, quem quiser me encontrar é só se dirigir a casa dela que estarei lá com certeza (noite de passagem de ano, passamos no Parque Anauá).
Uma pessoa simples, de atitudes admiráveis, e vive a vida plena, sem deixar que as dificuldades lhe tirem o brilho de viver. Fica aqui registrada essa passagem dessa pessoa maravilhosa chamada Marina na minha vida.


terça-feira, 21 de setembro de 2010

LEMBRANÇAS DE NÓS DOIS

foto retirada dolibriana.palmeiras.blog.uol.com.br


Lembrei-me dos nossos abraços;
Dos nossos sorrisos, dos simples toques;
Dos mais ousados também.
Das longas conversas, dos nossos sussurros, dos risos marotos.
Do teu cheiro no meu, da tua boca na minha, às vezes calma, às vezes faminta.
Do gosto gostoso que ela tem.
Lembrei-me do teu corpo no meu;
Do quanto é bom sentir teu peso em mim.
Tuas pernas roçando em minhas pernas.
Teu suspiro em meu ouvido.
De tuas mãos afagando meus cabelos.
Lembrei-me do meu suspiro de satisfação, de puro prazer.
Depois, lembrei-me que são apenas, lembranças de nós dois.


Jacinta Santos 24/06/2009

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Tempo


Eu sou o tempo! Tempo que passa.
Às vezes ando, às vezes corro, às vezes paro.
Vou passando.
Passo em te como uma brisa.
Brisa suave que te perfuma.
Perfume da rosas.
Sou a primavera que te ronda.
Eu sou o tempo!
O tempo que vai passando.
Toco o teu corpo como uma brisa.
 Tiro a tua roupa como faço com as folhas.
Sou o outono a te afagar.
Vou passando devagar.
Eu sou o tempo!
O tempo que vai chegando.
Trago o desejo de se agasalhar.
Sou o inverno a te abraçar.
Eu sou o tempo! Acabei de chegar.
Sou forte, ardente, sou quente.
Sou o tempo que de tempos em tempos, vem aqui te incomodar.
Fui tempo da primavera, do outono, do inverno e agora sou verão.
Foto retirada do site furtacor.com.br
Eu sou o tempo! E não paro de passar.



Jacinta Santos 16/09/2010

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Acreditei em você


Acreditei na tua palavra, em cada frase.
Acreditei no teu sorriso.
Acreditei no teu olhar.
Acreditei em teus gestos, todos meigos, às vezes sensuais, quase atrevidos.
O meu momento era de desilusão
E mesmo assim, com o seu jeito especial
Me fez acreditar em você.
Sonhei com tua voz, com cada palavra.
Sonhei com teu sorriso.
Sonhei com teu olhar. Hoje eu te pergunto
Por quer conquistar se você não é capaz e amar?
Eu acreditei em você.
Jacinta






Boa Vista 02/05/2009
Jacinta Santos.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A minha Cidade


Foto retirada de noticiasdaamazonia

Não posso aqui dizer que entre todas és a, mas bela.
Mas posso muito bem dizer que está entre elas.
Quem te conhece se encanta com a tua vista de encanto.
De um lado o Rio Branco que te banha, de outro, as matas e os pássaros com seus cantos.
Passear por tuas ruas é um prazer.
Para quem tem a oportunidade de te conhecer e de aqui viver.
Não é a cidade onde tive a oportunidade de nascer.
Mas é a cidade que escolhi para viver.
As minhas raízes nas tuas raízes.
Fizeram os meus frutos aqui nascerem.
Tenho orgulho de ver, as minhas filhas no teu solo crescerem.
Depois de cada dia, de cada luta, de cada conquista.
Vem o anoitecer, e depois dele vem sempre o amanhecer.
Trazendo com ele uma Boa Vista.
Para os nossos olhos reverem.
Jacinta Santos 08/08/2010

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Esse lugar é mágico

foto retirada do site olhares.aeiou.pt

18 anos de Roraima e pela primeira vez fui fazer uma visitinha ao país visinho, à Venezuela, confesso que pedir muito tempo, e olha que eu só fui até as cachoeiras de Jaspe, um lugar lindo. Uma amiga me fez o convite e eu resolvi aceitar, esse tipo de convite a gente deveria receber sempre, foi tudo muito rápido decidir e tudo no momento e gostei do que vir.
O lugar é mágico, tem uma energia positiva, sentir como se eu tivesse feito uma troca, doei e recebi energia, voltei revigorada. Claro que nem todos pensam como eu, tudo bem eu entendo e respeito à opinião dos outros, mas, vai por mim o lugar é maravilhoso.
Para quem mora em Boa Vista não faça como eu fiz, quando tiver uma oportunidade vai lá conhecer e depois você me conta como foi. Mas um lembrete não esqueça a máquina fotográfica, eu esqueci só tirei como o meu celular, quando for possível passo pro meu blog, em fim eu fui e fiquei deslumbra com a paisagem. Façam uma visita.

domingo, 5 de setembro de 2010

Espero por te

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foto retirada de passosdaalma-p.blogspot.com



Espero por te como se espera o amanhecer.
Espero por te com a certeza do teu amor pra me aquecer.
E com a chama do teu amor o meu coração reacender.
Espero por te como se espera o anoitecer.
Para em teus braços poder adormecer.
E na certeza do alvorecer sentir que pertenço a você.
Espero por te.
Por quer tua partida me deixou assim.
Sem brilho, sem rumo, sem mim.
É que meu eu se foi com você.
Minha essência pertence a te.
Espero por te.
 Para que ela volte a me pertencer.
Pois estando com você.
Posso então me enternecer.
Com teu amor que ha meu amor vem pertencer.  
Jacinta Santos 11/07/2010

sábado, 4 de setembro de 2010

Eu participei e gostei


O III Seminário de Integração e I Colóquio Internacional foi um sucesso, claro que não devemos ignorar o fato de que alguns prédios da ufrrestão em um estado lamentável, mas, quanto as Oficinas, Gts, Mini-Cursos, Palestras, Mesas redondas,  etc... O que se ouvia nos corredores da instituição era o comentário dos participantes de que tinham gostado muito. Os assuntos bem atualizados respondendo as expectativas de todos os participantes, os ministrantes (alguns da ufrr e de outras instituições), e os organizadores do evento, como também os participantes estão de parabéns pelo sucesso desse evento.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Dança


A dança é um movimento que conquista muitas pessoas por ter um número elevado de ritmos, dependendo do gosto de cada pessoa por determinado som ela pode escolher o tipo de dança que quer praticar, seja só por prazer,lazer, ou por um outro motivo qualquer. Muitas pessoas tem a dança como profissão e se apresentam em vários locais como teatro, auditório de televisão, circos, entre outros, os bailarinos profissionais são os que mais se destacam por estarem sempre em evidência. Quem pratica um determinado tipo de dança tem também a vantagem de está com o seu corpo em uma boa forma.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Para quem conferiu a minha Carreira ao rio Poty, aí vai a verdadeira história


Como a maioria da infância das crianças nordestinas que moravam ou moram no interior, as minhas brincadeiras foram realizadas ao ar livre, não tinha muitos brinquedos e internet então? Nem se pensava na época. Adorava o lugar onde morava, falo aqui especificamente de Crateús, mas, devo deixar registrado que morei em um vilarejo chamado Poty do qual tenho boas recordações e claro em outros que não recordo ou recordo vagamente, pois era bem pequena quando passei por lá, meu pai trabalhava com vaqueiro e por tanto, quando não estava mais dando certo nas fazendas onde trabalhava nos mudávamos para outra, lembro-me vagamente do lugar que morávamos antes de chegar ao Poty, uma vaga lembrança é verdade, mas lembro, quando nos mudamos para Crateús já tinha a idade de sete anos e confesso que amei a experiência.
A natureza que era castigada pela seca quando começava o inverno ficava tudo verde e brincava com os amigos no meio do capim que crescia, com meus irmãos também, Antônio e Francisco. Os amigos de Francisco meninos de idade de seis, sete anos, Lú e Naldo ambos irmãos, meu sobrinho Dino também de sete anos ou seis não recordo, eram os que mais estavam lá por casa.
E foi com os meninos Lú, Naldo, Paulinho um amiginho de Lú e Naido que naquela tarde estava junto, meu sobrinho Dino e meu irmão Francisco, que vivi uma aventura inesquecível entre muitas, como morávamos em fazenda, meu pai ou meus irmãos mais velhos (Neto e Deim) tinham sempre que ir buscar o gado em determinado local para colocar nos currais e naquele tarde meu pai não estava em casa, estava fazendo uma viagem para outro interior, os meus irmãos Neto e Deim que tinham ficado responsável de ir buscar o gado não tinham aparecido ainda e como já estava passando da hora (na minha opinião), de buscar o gado eu resolve que iria com os meninos buscar-los.
 Comuniquei a decisão a eles e ficaram todos empolgados, queriam saber como nos iríamos, se em algum animal ou a pé, daí eu falei.
- Alguns vão de jumento e outro na égua preta comigo.
E assim, nos arrumamos pra ir, colocamos uma cangualha no jumento que papai tinha em casa, uma esteira na égua e fizemos a divisão de quem ia a onde, Lú, Dino e Francisco e o Paulinho amiginho de Lú foram no jumento, Naldo e eu fomos na égua, o cercado onde o gado ficava era um pouco distante e para nós era uma aventura, e foi mesmo tudo muito divertido, quando chegamos em casa não satisfeita com o passeio resolvi que tínhamos de ir ao rio para tomarmos banho e fomos.
O gado já estava no curral, já era quase noite, mas decidimos que voltaríamos logo, a animação era geral, quando chegamos ao local de entrada da porteira que nos levaria até o rio, um dos meninos desceu, abriu a porteira e eu juntamente com o Naldo na garupa da égua entramos primeiro, não sei se a égua se espantou ou se pelo fato de conhecer o caminho que levava ao rio ela começou a correr, como eu não tinha força de puxar o cabresto e fazer com que ela parasse, ela correu no sentido do rio eu e disse para o Naldo.
_ Segura para não cair. - E deixei-a correr livre, só pensava em segurar com força no cabresto e na crina dela para não cair, se caíssemos nos machucaríamos e ainda corríamos o risco de levar uma bronca dos nossos pais, sentia as mãos do Naldo agarradas em minha cintura e o vento batendo em meu rosto.
Perto do rio tinha uma olaria e naquele horário os oleiros estavam se preparando para voltar pra casa, muitos tijolos que tinham sido feitos naquela tarde estavam secando em um local aberto, como eu não podia controlar a égua ela passou por cima dos tijolos, os homens começaram a gritar comigo.
- Menino desgraçado, quebrou os tijolos!
Eu nem liguei e os gritos continuaram, eles pensavam que eram dois meninos montados, me confundiram com o meu irmão Antonio José, e quando chegamos a uma barreira que tinha no rio a égua parou de uma vez jogando nós dois lá dentro do rio, uma distância considera, lembro que afundei e fui quase no fundo rio, vale lembrar que era inverno e o rio estava cheio, nadei de volta e quando retornei a margem procurei logo pelo o Naldo e ele tornou também,  estávamos se fôlego por te ficado debaixo da água e quando recuperamos o fôlego caímos na risada, só depois percebi que vários homens tomavam banho na margem do rio e que saíam procurando os locais perto do mato para poderem saírem de dentro da água, nadamos de volta pra margem e alguns dos homens que estavam lá na olaria chegaram brigando comigo, fiquei com medo, a minha sorte foi que o dono da olaria estava lá e chegou logo atrás deles e mandou que parassem de brigar comigo, e perguntou.
- Não estão vendo que é uma menina e não um menino? Por isso os outros estão saindo por de trás das moitas para que ela não os veja pelados.
Um deles falou.
- Uma menina que corre em uma égua daquele jeito?
-Sim. - Respondeu o dono da olaria que se chamava Cid, todos os homens saíram do rio e eu sair com o Naldo, o Cid estava muito preocupado com nós queria saber se tínhamos nos machucado e dissemos que não.
Quando saímos de dentro do rio foi que os outros meninos chegaram, é que às vezes jumento é um animal lento, os meninos alvoroçados queriam saber se tínhamos sentido medo, como foi cair no rio, e se íamos voltar montados na égua, foi uma alegria só, o Paulinho que era novato nas nossas brincadeiras estava radiante, disse que tinha sido muito legal ver a égua correndo e nós nos segurando pra não cair, não sabe ele que quase morremos de medo, o Cid fez mil e uma recomendações e claro proibiu o oleiros de brigar comigo. Os meninos não perderam muito tempo, pularam no rio e tomaram um delicioso banho.
Quando voltamos pra casa, devidamente montados na égua os oleiros me olharam com tanta raiva que fiquei arrepiada, disse baixinho para o Naldo.
- Se o Cid não estivesse aqui eles teriam me batido. - O Naldo só sorriu, foi uma aventura que comentamos por muito tempo, contamos e recontamos pra várias pessoas e hoje estou aqui escrevendo para que possa ficar registrada como lembrança de uma infância feliz.
Dedico essa história ao meu irmão Francisco, meu sobrinho Dino, ao ludinaldo (Lu), ao Paulinho maior divulgador dessa história na época, e especialmente ao Ronaldo (Naldo) assassinado no ano de 2000 numa briga estúpida. A todos vocês meu muito obrigada por terem contribuído para que eu tivesse uma infância  inesquecível. 


Carreira ao Rio Poty



Eu tinha uns nove anos e estava andando há cavalo com um amigo, quando o cavalo passou por uma porteira que leva ao rio que se chama rio Poty, acho que por ser uma caminho conhecido do animal ele disparou em uma carreira veloz e eu por ser pequena e desprovida de força não consegui fazer com que ele parasse a carreira, gritei para o meu amigo pedindo pra ele se segurar, pois com certeza o cavalo nos levaria até o rio, só não podíamos era caí do cavalo, além de nos machucarmos ainda levaríamos uma boa bronca dos nosso pais.