Poetizar

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Às vezes faço versos, às vezes me faço versos!

domingo, 22 de novembro de 2020

Senzala Moderna

 

Na Senzala moderna

A preta luta para se firmar.

 O seu black power não é aceito.

Tem um currículo invejável, mas,

“Moça de cor” não é bem-vinda!

Na senzala moderna

A preta é discriminada.

Sem mudança não temos nada.

Vamos acabar com o racismo?

 Ou você quer ser racista a sua moda?

Na senzala moderna

A “mãe preta” é mais forte pra dor,

Então, chibata nela doutor.

Deixa ela na fila, ela suporta a dor.

Atende a fragilidade, se a preta morrer,

Quem se importa doutor?

Na senzala moderna

A preta não pode ser professora,

Tem que ser a doméstica

Que serve os brancos endinheirados,

Esquecem que ela é a funcionária

E merece direitos iguais.

Na senzala moderna

Não podemos negar, o preconceito existe.

Calar é a máxima do racismo.

É ser negligente com um povo

 Não podemos admitir que na senzala moderna

A preta seja negada, deixada de lado por causa da cor da pele.

Ela precisa se impor, se firmar e ser aceita, não podemos calar.

Mulheres pretas engajadas por uma libertar verdadeira,

Porque o que nos diferencia de outras mulheres são as oportunidades negadas.

Sou mulher! Sou preta! Sou de luta e resistência!

E quem é você nesta grande senzala moderna?

Jacinta Santos

20/11/2020

Jacinta Santos (Arquivo pessoal)


 


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