Poetizar

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Às vezes faço versos, às vezes me faço versos!

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Recordação

Te vejo e te toco...Teu sorriso distante...Meu olhar te chama...Teu olhar tá frio, não responde...Minhas mãos não te acende...Esmurro a parede...O quadro balança...Tua fotografia parece que dança...Te ajeito de volta no quadro...Guardo meu amor no peito...Suspiro de saudade...Ainda te amo através do teu retrato.


19/08/2016

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Pela porta de casa...


Caimbé/planta nativa do lavrado de Roraima

Aqui de onde estou deitada,
Além do vento que atrevido entra porta a dentro e beija minha face
Vejo ao longe no balançar das folhas do caimbé
O brilho do sol que reflete nas folhas verde–escuras.
Minha mente viaja na bela imagem das folhas...
Atravessa os lavrados com uma rapidez voraz... 
Vai ao encontro da liberdade desejada...
Viaja ao som da canção da vida...
Aprecia os lavrados, os capinzais, reverencia as cachoeiras, mananciais, conhece as florestas, vai no ponto mais alto e sobe...
Viaja meus pensamentos, segue o caminho dos ventos... 
Encontro com o Mestre...Conhecimento...
Viaja ao longe no balançar das folhas...


Jacinta Santos
16/08/2016

terça-feira, 26 de abril de 2016

Ausência

Leia isso, escrevi para você.
Não, eu não bebi nada...
Se estou embriagada é só de amor.
Pensei em você o dia todo...
Se agora estou tão só,
ontem fui multidão com tua presença.
A madrugada está fria...
Sinto sua falta, meu amor.
Traz de volta meu Sol,
Minha alegria de viver...
A madrugada está fria...
O silêncio dos meus dias me consomem...
Tudo está tão vazio...
Não estou conseguindo pagar
o preço de te perder...
É madrugada e chamo por ti...
Não sei dizer se é solidão, saudade
ou tua ausência...
A mistura de tudo isso está me tornando um nada.
Sinto dor...
O frio da madrugada açoita meu corpo
e congela meu Ser.
Onde está você, meu amor?
Sinto, desesperadamente sinto sua falta.
Ouça o grito do meu silêncio,
Ele chama por você.
imagem: google

Jacinta Santos – Floresta Amazônica/reserva entre Manaus e Roraima. 11h e 39min




quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

O amor que chegar, receba.


mulher.uol.com.br


Desiludida com o amor que era para chegar com um príncipe respeitador e amável montado em um cavalo branco e nunca chegou.
Ela, vítima de um coração carente, se viu dividida entre ser a doce puritana ou a vadia mais quente.
Por quem um forasteiro se arrastava nas noites de danças ardentes na quitanda da pacata cidade interiorana...
Vestidinho preto e curto colado no corpo perfeito.
Cabelos soltos, dançando com o bailar do vento.
Sapatos fechados de salto quinze...
Andar faceiro, balançando o quadril...
Viu seu coração se entregar a um forasteiro de palavreado rasgado, sotaque safado,
Andar faceiro, amante da noite, corpo de homem, olhar de menino travesso,
Afago de amante no cio...
Se fez puta, a donzela. Porque o amor, o amor não veio pra ela como vem para as outras belas.
Ele chegou faceiro, entrou sem licença nenhuma, apossou-se do salão do seu peito esquerdo e a fez transformar-se em mulher e viver uma história real.
Na qual os amantes se entregam sem reservas as delicias carnais, línguas se tocam, corpos se entregam a magia dos toques ousados... instintos selvagens... entrega voraz.


Jacinta Santos

11/01/2016